
A escalada da guerra comercial de Trump provoca a liquidação dos mercados globais
Segundo o Financial Times, a escalada da guerra comercial iniciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, provocou uma liquidação generalizada nos mercados acionários globais. As consequências já são consideradas catastróficas. O que esperar agora? A recuperação tende a ser lenta, e a eficiência econômica global já começa a dar sinais de desgaste.
De acordo com o jornal britânico, o índice europeu Stoxx 600 recuou 1,6%, enquanto o FTSE 100 do Reino Unido perdeu 1,3%. Empresas do setor de consumo foram as mais penalizadas, com destaque para o International Airlines Group, que caiu 7,4%, e a TUI, com queda de 3,8%, em meio a temores de enfraquecimento na demanda por viagens aéreas.
Entretanto, nem todos os ativos estão em queda. O ouro desponta como um claro beneficiário da instabilidade, subindo para US$ 3.128 por onça troy diante da crescente incerteza. Os rendimentos dos Treasuries dos EUA também recuaram, sinalizando uma forte migração para ativos de proteção. A estratégia comercial agressiva de Trump, implementada de forma abrupta, agitou os mercados e alarmou parceiros internacionais, com alguns já discutindo possíveis medidas de retaliação.
Na Ásia, o impacto foi igualmente severo. Em 31 de março, o índice Topix do Japão caiu 3,6%, enquanto o Nikkei 225 despencou 4,1%. O Kospi da Coreia do Sul perdeu 3%, e o Hang Seng de Hong Kong recuou 1,3%.
Relatórios anteriores já apontavam para uma reversão nas ações russas, que vinham em trajetória de alta impulsionada por declarações otimistas de Trump. Esse entusiasmo, no entanto, rapidamente se dissipou. O índice MOEX caiu abaixo dos 3.000 pontos pela primeira vez desde 11 de fevereiro de 2025.