
Produção industrial da China atinge a maior alta em um ano
Mais uma vez, a economia chinesa contrariou as expectativas do mercado. Segundo a agência Reuters, com base em dados do Escritório Nacional de Estatísticas, a atividade industrial do país cresceu em março no ritmo mais acelerado dos últimos 12 meses — um sinal encorajador em um cenário global ainda marcado por incertezas.
O primeiro mês da primavera trouxe boas notícias para a segunda maior economia do mundo. Apesar do aumento das tensões comerciais com os Estados Unidos e dos desafios internos persistentes, o setor manufatureiro da China demonstrou resiliência, registrando seu melhor desempenho em um ano.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial subiu para 50,5 em março — o maior nível desde o mesmo mês de 2024. Em fevereiro, o indicador havia ficado em 50,2. Já o PMI não manufatureiro, que abrange os setores de serviços e construção, avançou de 50,4 para 50,8.
De acordo com analistas, a retomada nas encomendas está impulsionando a indústria, oferecendo um alívio momentâneo para a China — justamente no momento em que a tensão comercial com Washington volta a se intensificar. Ainda assim, especialistas alertam: esse fôlego pode ser passageiro, especialmente diante da intenção declarada do presidente Donald Trump de impor novas tarifas, sob o argumento de corrigir o desequilíbrio na balança comercial entre os dois países.
Ao mesmo tempo, os dados oficiais mostram que os investimentos em infraestrutura seguem em alta. Nesse cenário, as exportações chinesas têm se mantido relativamente estáveis, mesmo com a desaceleração do crescimento do PIB. As projeções preliminares do governo indicam uma expansão de 5% da economia em 2025.
No fim de fevereiro, o presidente Xi Jinping reconheceu que o gigante asiático caminha por uma corda bamba entre estabilidade e instabilidade. Segundo ele, boa parte desses desafios decorre de fatores externos desfavoráveis. e o mundo observa, atento, cada passo.